Em um churrasco de um amigo, Edson Lima experimentou uma carne que o deixou impressionado. “Ele costumava comprar espetinhos de uma empresa de São Paulo. Quando eu provei, achei fantástica a qualidade”, diz Lima, que foi em busca do dono da fábrica para dizer que tinha interesse em revender os produtos em Curitiba, no Paraná.
Assim, o empreendedor, hoje com 41 anos, criou a Espetinhos Curitiba, empresa que comercializa carnes e acompanhamentos para churrasco. A marca, que surgiu em 2014, vende por meio de 18 lojas físicas no Paraná e em Santa Catarina, e também por mensagens no Instagram. Com um tiquete-médio de R$ 180, o negócio faturou R$ 23 milhões em 2021.
Foram as experiências anteriores que ofereceram o conhecimento necessário para Lima criar a Espetinhos Curitiba. O primeiro negócio que abriu, em 2006, foi uma rede de lojas de videogames, que chegou a ter oito unidades. O empreendedor ficou no negócio, que ainda existe sob comando de outros sócios, até 2013. “Comecei a mudar de ideia sobre trabalhar com produtos de tecnologia e, ao mesmo tempo, queria mais flexibilidade. As lojas do shopping ficavam abertas o dia todo, inclusive aos fim de semana”, diz Lima.
O segundo empreendimento foi como franqueado de uma empresa de paletas mexicanas. “Entrei de cabeça e abri sete unidades. Era como uma base da rede, mas era franqueado”, afirma. A meta era chegar a dez lojas, mas os franqueadores determinaram que não seria possível porque ele teria mais de 10% da rede. Foi então que Lima se desanimou com o negócio, já que ele sempre teria que ficar subordinado às decisões da franquia, e começou a ficar de olho em novas oportunidades — até experimentar o espetinho. Em 2015, já com a Espetinhos Curitiba criada, ele decidiu vender todas as suas lojas de paletas.
Depois de um ano, revendendo carnes de apenas um fornecedor, Lima pensou que seria uma boa ideia diversificar os produtos. “Em um momento, virou moda ter açaí como sobremesa no churrasco. Então busquei um fabricante de açaí para revender.”
Vendo potencial no negócio, Lima iniciou a expansão pelo modelo de licenciamento — sem a cobrança de royalties mensais. O licenciado dá direito ao uso da marca, auxílio na análise e escolha do ponto comercial, materiais de marketing e treinamento inicial para toda a equipe. Lima faz todas as compras e distribui aos lojistas licenciados.
O empreendedor afirma que a pandemia não causou grandes impactos na empresa, já que as pessoas continuaram consumindo carne. “Criamos um kit churrasco para reuniões de até dez pessoas. Também distribuímos produtos para supermercados, que não precisaram fechar”, afirma.
O foco continua na expansão, e já estão assinados três contratos para abrir lojas em breve. A meta é chegar a 30 lojas até o final do ano. (fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios)