Segundo pesquisa da consultoria Newmark, durante o primeiro ano de crise da Covid-19, o faturamento do segmento caiu, em média, 75% e 16% dos locais fecharam as portas. Já em 2021, além de retomar os espaços, o Brasil atingiu 1,6 mil unidades de coworking.
Em Curitiba (PR), o Nex Coworking abriu a primeira sede em 2011, com 38 posições de trabalho e duas salas de reunião, quando o espaço ainda era visto como uma solução transitória para empreendedores em começo de carreira, freelancers e autônomos. “Em pouco tempo ficou evidente que a nossa vocação era atender times de empresas dos mais variados segmentos e de diferentes portes, sem excluir o público inicial. E percebemos que a maioria dos nossos clientes não estava de passagem pelo Nex, muitos deles estavam saindo de escritórios tradicionais e estabelecendo sua base permanente aqui”, conta o fundador André Pegorer.
Diante de um cenário promissor, em 2014, o Nex passou a ocupar o edifício da Sociedade Beneficente dos Operários Batel, numa área de 1.600 m², se tornando o maior coworking da capital paranaense. A unidade dispões de 234 estações de trabalho, 41 salas privativas, além de salas de reunião e auditório. Na época, dentre as empresas que apostaram no modelo compartilhado estão grandes companhias como Sodexo, Philip Morris e Siemens que permanecem até hoje.
Crise
O ano de 2020 chegou e junto com ele a pandemia e o isolamento. “Com certeza foi o ano mais difícil para nós. Construímos o Nex a partir de uma premissa muito nítida: o isolamento faz mal, a conexão faz bem. Mas foi necessário se isolar. Nas primeiras semanas da pandemia, oferecemos as nossas cadeiras para os membros que não tinham uma estrutura mínima para trabalhar em casa”, lembra Pegorer.
De acordo com ele, nos primeiros 90 dias da pandemia, o faturamento do Nex caiu 80% e esse cenário se estendeu por vários meses, com uma lenta recuperação até o final do primeiro trimestre de 2021. “Durante esse período revisamos o nosso modelo de negócio, reafirmamos o nosso propósito e entendemos que espaços como o Nex seriam muito importantes para as pessoas no momento do retorno ao trabalho presencial, ainda que no modelo híbrido”, explica Pegorer.
Retomada
Foi assim que, em setembro de 2021, o Nex abriu a segunda unidade em Curitiba com capacidade para mais de 80 coworkers e já em fase de ampliação. O local escolhido foi um dos mais icônicos da cidade, a Casa de Pedra localizada no Batel, que durante anos abrigou uma galeria de arte. “O modelo híbrido de trabalho se confirmou muito vantajoso. Muitas empresas decidiram reduzir seus escritórios e ter diferentes locais de trabalho com o apoio dos coworkings que oferecem contratos modulares muito mais dinâmicos do que na locação tradicional”, acredita Pegorer.
Taxa de ocupação
Ao longo de 11 anos de atividades, com duas sedes em pleno funcionamento e num cenário pós-pandemia, agora o Nex comemora a taxa de ocupação dos escritórios privativos que está em 96%. “Atualmente, atendemos 70 empresas com escritório fixo no Nex, em cerca de 300 posições de trabalho. Nosso faturamento em 2022 cresceu 215% em relação ao mesmo período do ano passado”, comemora Pegorer.
Planos e valores
Dentre as vantagens para quem opta pelo escritório compartilhado está o acesso 24 horas durante os sete dias da semana. No Nex Coworking, um escritório privativo custa a partir de R$ 3 mil mensal e é indicado para quem busca sair do isolamento sem abrir mão da privacidade. Já quem deseja uma mesa de trabalho sem contrato fixo, a diária custa a partir de R$ 85. Outras opções são o escritório virtual com endereço fiscal para quem quer potencializar o negócio e o endereço comercial para gestão de correspondência. Na nova sede do Nex Casa de Pedra ainda tem um espaço destinado a psicólogos que desejam sublocar consultórios com períodos fixos a partir de R$ 300 mensal.