“Pé de Pato, Mangalô, Trêis Vez”. A expressão que faz parte da cultura popular brasileira e que é utilizada para “espantar mau agouro e azar” é o nome do espetáculo em cartaz da Companhia Analgésica – Grupo Teatral, de Curitiba.
As sessões - viabilizadas com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura-Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba - são direcionadas para grupos e instituições públicas, acontece em escolas estaduais e municipais, Centros de Atenção Psicossocial e locais culturais diversos.
Nesta semana as apresentações são
regionais e acontecem na Escola Municipal Santa Ana Mestra, no Campo de Santana
(30/04), e no Centro Cultural Vilinha, no Bairro Alto (02/05).
Crendices populares e bom humor
O espetáculo traz em cena os atores Ali Freyer e Lígia Quirino que - por meio de canções, manipulação de bonecos e objetos animados - compõem diversos personagens em cenas dinâmicas e marcadas por muito humor.
Com figurino colorido e lúdico, que encantam e prendem a atenção do público, os dois interagem com os espectadores e retratam estas histórias em um ambiente rural, abordam vocabulários regionais e hábitos que dão um colorido especial à obra e aproximam as crianças de um imaginário vivo de tradições e crenças populares que tendem a se diluir nos centros urbanos.
Sorte ou azar
Diretamente ligado aos saberes, práticas e crenças populares que versam sobre a presença ou a ausência da sorte, “Pé de Pato, Mangalô, Trêis Vez” é um espetáculo que apresenta o improvável encontro entre os primos Sorte e Azar que fazem uma aposta durante uma pescaria.
Aquele que perder deve contar três histórias ao outro. O enredo da relação entre os primos costura outras narrativas calcadas na tradição oral e popular, traz reflexões sobre as relações humanas, a crença pessoal e coletiva na sorte e no azar.
O processo para a composição do espetáculo foi orientado pelo diretor Rodrigo Hayalla, da Pinguim Produções, e contou com exercícios de improvisação, pesquisa de cantigas e jogos populares; além da leitura de várias obras literárias, entre elas Meninos do mangue de Roger Mello, Pode entrar, Dona Sorte do grupo carioca de cantadoras Confabulando, Histórias de sabedoria e encantamento de Hugh Lupton e a série Contador de histórias de bolso de Illan Brenman e Fernando Villela.
Especialmente desenvolvido para o público de 6 a 10 anos de idade, o trabalho foi pensado para espaços alternativos, adaptando-se a vários ambientes, e já teve 12 apresentações nas regionais de Curitiba ao longo do mês de abril.
A Companhia Analgésica – Grupo Teatral existe há dez anos e, como explica o ator Ali Freyer, “o diálogo com o legado da cultura popular é um dos motes da companhia que se dedica a espetáculos e ações culturais voltadas para a infância”.
“Nosso objetivo é descentralizar as
ações culturais, especialmente na linguagem do teatro, e contribuir para a
formação de plateia em Curitiba”, destaca o ator. E complementa: “Queremos
oferecer uma opção gratuita de entretenimento, explorando o rico material da
tradição popular, e ampliando o repertório e as vivências das crianças”.
Itinerância
Nesta itinerância, iniciada em 13/04, o espetáculo “Pé de Pato, Mangalô, Trêis Vez” já foi assistido por mais de 1.150 crianças em apresentações realizadas na Escola Municipal Albert Schweitzer, no CIC; na Escola Municipal Bairro Novo do CAIC Guilherme Lacerda Braga Sobrinho, no Sítio Cercado, e no Centro de Atenção Psicossocial - Infantil - Centro Vida, na Vila Isabel.
A peça também já passou pelo Instituto Incanto, no Santa Quitéria, na Escola Municipal Professora Jurandyr Baggio Mockell, no Pinheirinho; na Escola Municipal Elevir Dionysio, no Fanny; na Escola Municipal Caramuru, no Cabral; na Escola Municipal Nossa Senhora do Carmo, no Boqueirão e na Escola Municipal Madre Maria dos Anjos, no bairro Novo Mundo.
Serviço
O que: Espetáculo
infantil “Pé de Pato, Mangalô, Trêis Vez” com a Companhia Analgésica – Grupo de
Teatro
Quando: 30/04
(terça) às 14h na Escola Municipal Santa Ana Mestra, no Campo de Santana, e 02/05
(quinta) às 9h no Centro Cultural Vilinha, no Bairro Alto; ambas em Curitiba e
com público já agendado
Realização:
Companhia Analgésica e Pinguim Produções